Caso não nos seja possível atender, deixe mensagem no voicemail ou por sms e iremos devolver-lhe resposta assim que nos for possível.
A linha de ajuda destina-se a todos os que sentem ter um problema em relação ao jogo, aos seus familiares e amigos, mas também a todos os membros da comunidade interessados em informação fornecida por profissionais especializados ao nível da perturbação de jogo ligeira, moderada ou severa, do seu tratamento ou simplesmente ao nível das formas mais seguras de apostar.
Muitas vezes as pessoas que apostam e sentem ter um problema, não sabem como falar sobre isso, nem com quem, pois frequentemente encontram alguém que lhes diz algo que já ouviram muitas vezes e não lhes faz sentido. Um profissional especializado nesta área pode fazer a diferença entre jogar de forma saudável, ou não, entre diagnosticar um verdadeiro problema, ou não, e se necessário encaminhar para o serviço adequado.
O jogo em si não tem qualquer problema, tal como o álcool ou a comida.
O problema está nalgumas pessoas com predisposição particular para desenvolver problemas de jogo devido a inúmeros fatores que podem existir isoladamente ou em simultâneo como: hereditariedade, genética, impulsividade, crenças (“sei que vou ganhar, sei que vou recuperar tudo pois estou num dia Sim, tenho uma estratégia infalível”, etc.), traços de personalidade (competitivos, gosto por sensações fortes, entediam-se facilmente, grandiosidade, etc.) ou terem uma comorbilidade como abuso álcool, depressão, ansiedade ou outra.
Esta linha de ajuda dirige-se a todos, mas em particular às seguintes pessoas de risco mais elevado e seus familiares:
– Adolescentes ou jovens adultos (indivíduos entre os 15 e os 30 anos de idade)
– Pessoas em crises emocionais ou financeiras
– “Habitués” (jogadores regulares)
– Pessoas que cresceram em ambientes de jogo
– Pessoas em que haja esta ou outras dependências na família
– Os próprios tenham outros comportamentos abusivos ou adições (álcool, drogas, tabaco, etc.)
– Pessoas com elevados níveis de stresse, ansiedade ou em depressão
– Pessoas que vivam perto de locais de jogo, com acesso fácil (online)
– Pessoas impulsivas, com excesso de confiança, muito atraídas pelo desafio/controlo,
– Reformados
Que Desejem:
– Apoio via telefone para si, familiares e amigos
– Reencaminhamento para profissionais e instituições ajustadas ao problema
– Iniciar um tratamento online (telefone ou videoconferência)
– Receber informação personalizada ao seu problema verbal ou por escrito
– Intervenção em momento de crise (ansiedade, insolvência, depressão, suicídio, divórcio, etc.)
– Gestão e prevenção da recaída
Podem contar com:
– Atendimento profissional e especializado na área dos problemas de jogo
– Apoio e aconselhamento sem encargos financeiros
– Totalmente confidencial, anónimo e sem julgamento de valores
– Reencaminhamento eficaz
– Informação seleccionada a várias níveis de intervenção
Se chegou à dependência é muito importante que peça ajuda e provavelmente a solução mais segura é não jogar mais.
Se considerar necessário pode pedir a sua interdição de acesso a determinados locais de jogo, mas o ideal é fazer a sua escolha responsavelmente.
Jogar ou apostar é participar num jogo em que se coloca em risco dinheiro, ou algo de valor de forma a ganhar ou recuperar com mais valia a quantia que foi aposta inicialmente. Jogar é uma atividade tão antiga como o homem.
Probabilidades: o que é?
Probabilidade é a possibilidade calculada que um determinado resultado ou evento aconteça. Para tal efeito, divide-se o número específico de resultados com o número de resultados possíveis. Exemplo: se se lançar um dado e se desejarmos o número 4, só existe este resultado específico ao passo que existem 6 resultados possíveis. Como tal, a probabilidade real é de 1 para 6.
Aleatoriedade; o que é?
Aleatoriedade significa que qualquer resultado possível tem a mesma chance, ou probabilidade de acontecer. Quando se lança um dado a probabilidade que saia um 5 é a mesma de que saia um 3, tal como para qualquer outro número. A razão pela qual o resultado pode variar de 1 a 6 é a sorte. Ao atirar a moeda cara ou coroa existem 50% de probabilidades que saia cara. As variáveis aleatórias são imprevisíveis e a moeda não se lembra do que saiu anteriormente… Não se consegue controlar um resultado quando existem inúmeras probabilidades ou variáveis aleatórias…
A casa refere-se aqueles que promovem o jogo e ganham com isso. É o seu negócio de retirar uma parte do dinheiro dos apostadores e redistribuir o resto em prémios. Desta forma quando um jogador ganha está receber parte do dinheiro que os outros apostadores perderam.
As probabilidades estão sempre contra o apostador e quanto mais jogar maiores a probabilidades de perder. Isto vai na direcção oposta do jogador problemático e da síndrome da paragem do autocarro: “já estou aqui há tanto tempo que deve estar mesmo a sair, ou vai sair assim que for embora…”
Várias abordagens terapêuticas afirmam que é possível controlar o jogo, exceto para aqueles que já desenvolveram dependência. Para essas pessoas com predisposição para o jogo, que são uma minoria, é aconselhável a abstinência completa, tal como se processa nas outras dependências.
Se é jogador regular ou sente que às vezes abusa, siga estas sugestões:
1- Evite locais de jogo se estiver sob stresse, ansiedade ou deprimido.
2- Não jogue para realizar dinheiro. O jogo não é um investimento.
3- Não jogue para fugir aos seus problemas.
4- Evite jogar se o faz por “necessidade” de viver emoções intensas.
5- Leve uma quantia de dinheiro pré-determinada para jogar (deixe os cartões de crédito em casa, e não no carro ….) ou
Saia quando estiver a ganhar. Se já decidiu que vai jogar, defina previamente a quantia que vai gastar, se ganhar abandone imediatamente o local.
6- Determine previamente o tempo de permanência no local de jogo e cumpra-o rigorosamente.
7- Vá com alguém que não pactue nem facilite a compulsão por jogar (pelo jogo).
8- Evite jogar se perdeu na véspera e sente que vai recuperar o prejuízo ou que é uma forma de resolver os seus problemas de uma só vez.
9- Evite jogar se sente um forte e súbito impulso para o fazer (vá adiando, fale com alguém, ocupe-se com outros afazeres até lhe passar).
10- Mantenha o jogo nas mesmas proporções das outras atividades lúdicas.
11- Aposte apenas aquilo que pode perder.
12- Faça pausas e não beba.
Existem inúmeras denominações para os problemas de jogo tais como: Jogo patológico, compulsivo, abusivo, problemático, ludopatia e recentemente com o DSM 5 como perturbação de jogo ligeira, moderada ou severa. O problema de jogo pode acontecer a qualquer pessoa, e reflecte-se num comportamento compulsivo/impulsivo que arrasta consequências negativas (dinheiro, profissão, cônjuge, amigos, saúde, auto-estima, etc.) aos próprios e aos seus próximos.
O problema de jogo pode causar: depressão, ansiedade, alterações de humor fortes, consumo de álcool e substâncias, saúde debilitada (enxaquecas, insónia, má alimentação, etc.) até ideação suicida.
Negação: Embora seja frequente é necessário ultrapassá-la com a ajuda de confrontação/intervenção familiar e profissional, é a única doença em que o doente, contra todas as evidências, afirma que não está doente.
Questionários de Auto-Avaliação:
A) 20 perguntas dos Jogadores Anónimos
1- Joga para se alhear dos problemas do dia-a-dia?
2- Joga como se fosse um investimento?
3- Joga para resolver os seus problemas financeiros?
4- Pede dinheiro emprestado para ir jogar ou pagar dívidas de jogo?
5- Já vendeu algo seu para cobrir dívidas relacionadas com jogo?
6- Torna-se incapaz de parar de jogar estando a perder ou ganhar?
7- Joga até ficar sem dinheiro perdendo a noção do tempo?
8- Tem problemas de pontualidade, assiduidade ou produtividade no trabalho?
9- Tem sentido stress, enxaquecas, ansiedade, depressão, insónias ou
hipertensão?
10- Tem trocado as prioridades em relação a si e à sua família?
11- Já pensou em “acabar com tudo”?
12- Joga mais tempo do que previsto e o montante das suas apostas tem
aumentado?
13- Pensa e programa constantemente o “jogar”, sentindo remorsos após fazê-lo?
14- Sempre que perde tem uma irresistível necessidade de recuperar o dinheiro perdido e sente/acredita que o vai conseguir fazer?
15- Tem mentido e omitido fatos que provocariam entraves a continuar a jogar?
16- Já teve actividades ilícitas para poder continuar a jogar?
17- Sente-se desiludido, triste, distante, desesperado, só e com baixa auto-
estima?
18- Já sentiu a sua reputação ameaçada ou fez grandes esforços para a manter intacta?
19- Já pôs em risco relações conjugais, familiares ou sociais devido ao jogo?
20- Já ponderou seriamente deixar de jogar e fazer algo nesse sentido?
Se tiver mais do que 5 respostas positivas é provável que tenha um problema na sua forma de apostar. Quanto mais respostas positivas tiver maior a severidade do seu problema.
B) Os 9 critérios do DSM V (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais pela American Psychiatric Association, 2013)
1) Necessidade de jogar com quantias de dinheiro crescentes de modo a atingir a excitação desejada.
2) Inquietação ou irritabilidade quando tenta reduzir ou parar de jogar.
3) Esforços mal sucedidos de controlar, reduzir ou parar de jogar.
4) Preocupação frequente com o jogo (p. ex., pensamentos persistentes de reviver experiências prévias com o jogo, desvantagens ou planeamento dos próximos jogos, pensar em formas de obter dinheiro para jogar.
5) Jogo frequente quando se sente angustiado (p. ex., sentimentos de desespero, culpabilidade, ansiedade, depressão).
6) Após perdas de dinheiro no jogo, regressa muitas vezes noutro dia para ficar as recuperar (“resgate” das próprias perdas).
7) Mentir para dissimulara extensão do envolvimento com o jogo.
8) Prejudicou ou perdeu relações significativas, emprego ou oportunidades de carreira ou académicas devido ao jogo.
9) Depende de terceiros para obter o dinheiro para aliviar as situações financeiras desesperadas causadas pelo jogo.
• Se obteve entre 1 a 4 respostas, sem dependência de jogo
• Entre 4 ou 5 respostas, dependência ligeira
• Entre 6 ou 7 respostas, dependência moderada
• Entre 8 ou 9 respostas, dependência severa
A ajuda e aconselhamento está disponível para o próprio jogador, cônjuge, família ou outros afectados pelo jogo problemático.
A ajuda profissional pode desbloquear e finalmente solucionar uma série de tentativas infrutíferas e frustrantes de parar comportamentos problemáticos de jogo. Não é fácil mas é perfeitamente possível. Tendo em conta as competências e o perfil competitivo, desafiador, individualista do jogador é difícil assumir a perda de controlo mas readquirir esse poder passa por um trabalho de equipa que pode ter resultados surpreendentemente positivos.
Em primeiro lugar implementa-se uma estrutura externa que o mantenha afastado do jogo (auto-exclusão, limitação de acesso a dinheiro, afastamento das pessoas e situações relacionadas com jogo) e de seguida trabalha-se a estrutura interna analisando os factores de risco e de gatilho para jogar, os padrões de comportamento e de pensamento, a gestão dos sentimentos e emoções, as crenças sobre jogo e não só…
É importante o apoio da família, a motivação do jogador e a experiência do profissional de saúde de forma a assegurar um trabalho em conjunto que possa se eficaz. No entanto pode começar por tentar seguindo as seguintes sugestões:
Sugestões para conseguir parar de jogar:
1- Limite o acesso a dinheiro e crédito (entregue cartão de débito/crédito a alguém de confiança ou não ande com ele).
2- Limite o seu acesso a pessoas (seus companheiros de luta..), locais (Auto interdição) e situações (festas ou torneios relacionados com jogo).
3- Fale do seu problema com as pessoas significativas/confiança e peça-lhes ajuda (não o ouvirem em situação de stresse, não lhe emprestarem dinheiro, etc.),
4- Se tiver uma urge ou craving (vontade muito forte de apostar que é natural surgir) não alimente a ideia e fale com alguém que conheça o seu problema ou ligue para a linha de ajuda e afasta-se de pessoas, locais e situações de jogo.
5- Se desesperado para pagar dívidas ou contas urgentes lembre-se que apostar não será a solução rápida e milagrosa que deseja: antes pelo contrário…..
6- Faça um plano de dívidas detalhado em que fica bem definido: a quem deve, quanto e o tempo que vai demorar a pagar (em meses/anos) em função do seu rendimento actual.
7- Evite álcool ou substâncias, pois pode substituir uma dependência por outra, ou perder noção dos limites e facilitar a recaída no jogo.
8- Preencha o seu dia com todo o tipo de actividades, em particular aquelas que deixou por causa do jogo excessivo (desporto, hobbies, voluntariado, etc.) O ócio é o pai de todos os “vícios”.
9- Estabeleça uma consequência dura mas exequível se voltar a jogar. Esta consequência deve ter sobretudo uma componente preventiva e não punitiva ou seja deve funcionar como travão para não ir apostar e não como castigo por ter ido jogar.
E a família pode ajudar?
A família é essencial no tratamento. A sua atitude perante o jogador com problemas pode ser determinante. A família, em particular, a mulher (por se tratar de um problema maioritariamente masculino) tem que saber estabelecer limites.
A família em geral também sofre danos do jogador com problemas tais como: stresse, desgaste emocional, vergonha, raiva, medo e sobretudo impotência, resolver problemas financeiros (dívidas, pagamentos, etc.), perda de objetos e poupanças, conflitos, ausência de intimidade, divórcio, isolamento social e familiar, mau rendimento profissional, etc. Os filhos tendem a ficar zangados, desconfiados e agressivos, terem sentimentos de abandono, vergonha, ansiedade e depressão e optarem por estratégias de isolamento social e familiar com resultados escolares em queda e baixa autoestima.
Devem ser assertivos e fixar limites claros com consequências positivas e negativas claras que devem tentar cumprir. Não devem pagar as dívidas nem “salvar” o jogador das suas sistemáticas dívidas e problemas. Continuar a fazê-lo, apenas irá perpetuar o ciclo da dependência e impedir o jogador com problemas de sofrer as consequências que podem servir de gatilho à mudança.
Devem escolher o momento certo para falar, ou seja: evitar fazê-lo durante discussão, se estão distantes ou agressivos, com dinheiro e com vontade de jogar… e dizer o que sentem e o que pensam fazer, explicando-lhes porque é que as coisas não podem continuar daquela forma. Devem evitar o conflito e centrar-se nos pontos fixados. Devem tentar ouvir e reformular o que lhe diz o jogador para que, ao ouvir-se, tome consciência da sua situação. Tente levar a uma mudança positiva (autoexclusão, ajuda profissional ou grupo de autoajuda) antes de medidas mais drásticas.
Sinais e Sintomas mais percetíveis da “adição invisível”:
Financeiro
Comportamentos, Pensamentos e Sentimentos:
Crenças e motivos para jogar
Consequências devido ao jogo
Sintomas de recaída emocional que antecedem a recaída do Jogador Patológico
Esta lista expõe um painel de sinais indicativos de recaída emocional, comportamental e cognitiva e de antecedentes e indicadores de uma recaída de facto. Sinais de alerta que poderão ser utilizados para evitá-la, antes que o modo irracional de pensar chegue a um ponto irracional de insanidade. A tomada de consciência destes sinais pode interromper a sua progressão evitando, desta forma a recaída no jogo, que pode ter consequências graves.
1. Exaustão
Trabalhar ou exercitar-se fisicamente em excesso, podem levar ao stresse, cuja carga de pensamentos pessimistas e negativistas é prejudicial a uma qualidade de vida saudável. A substituição da adição ao jogo por outra que consideramos menos prejudicial à nossa vida familiar e social.
Atividades doseadas são construtivas.
2. Desonestidade e Omissão
Mentiras no trabalho, em casa e com os amigos. Desculpas contínuas para não fazer o que precisa ou fazer o que não deve fazer.
Omissões deixam “portas abertas” para alguma fuga, que se torna prejudicial à recuperação.
3. Impaciência
Projetar e elevar as expectativas para um prazo muito curto. Tudo parece acontecer muito lentamente. Querer o prazer imediato e os resultados imediatos são difíceis de obter. Em geral são morosos ou diferentes ao que expectamos.
4. Intolerância
Discute e disputa pequenos e ridículos pontos de vista, demonstrando a necessidade de estar sempre certo. Implica com coisas de pouca importância. Tende a maximizar ou minimizar uma questão pouco complexa.
5. Depressão
As alterações do cérebro, decorrentes dos danos causados pelo jogo, podem determinar quadros de depressão. Estes quadros tendem a desaparecer à medida que o sistema se estabiliza. Primeiro ano de recuperação é, principalmente, propício a estes quadros.
É importante falar com outros (membros de grupos de autoajuda, família ou profissionais) , é a maneira mais saudável de aliviar o sofrimento. Fazer o que realmente importa, evitar o adiamento e o “deixa andar”. Pôr ação nas atividades que nos realizam (no imediato) menos dão qualidade de vida.
6. Frustração
Não aceita, sem conflitos, fatos, situações ou comportamentos que estejam fora das próprias expectativas e desejos. Não consegue lidar com o NÃO, ou com resultados inesperados. Sentimento de impotência perante situações ou factos.
7. Autopiedade ou Autocomiseração
Sente pena de si próprio. “Porque é que tudo me acontece a mim?”, “Ninguém dá valor ao que faço”, “Coitado de mim”, Ninguém reconhece o meu valor”. O Síndrome de Calimero causa fraca autoestima.
8. Desafio
Frequenta, de forma desafiadora, lugares e onde há jogo para poder provar: “Estou curado, não tenho medo do jogo”. Está constantemente com amigos ou conhecidos que jogam. Põe-se frequentemente à prova. “Se fugir deles vai parecer fraco perante os outros.”
9. Displicência e Indisciplina
Relaxa a vigilância por achar que tudo vai bem. Coloca o grupo de JAs, ou o tratamento como prioridade secundária. Esquece a prática diária dos cuidados a ter. Troca a reunião pelo prazer imediato. Má alimentação e/ou fora de horas, sono irregular, inerte em frente à TV ou PC, etc. Falta de noção e troca de PRIORIDADES.
10. Autoconfiança
Arrogância e teimosia na noção de controlo do que faz.
“Já sei tudo sobre a adição ao JOGO. Jogar não me passa pela cabeça. Tenho as respostas certas, vou agir de maneira diferente, mas não preciso mudar o meu estilo de vida. Os outros é que têm a doença, eu consigo controlar as minhas vontades.”
11. Expetativas inconsistentes e arrojadas/ metas ambiciosas
Planos e projetos superiores às possibilidades de realização, por vezes envolvendo riscos, em todas as áreas da sua vida (pessoal, afetiva, profissional, familiar, social, etc.).
Ter uma fraca noção da realidade, ilusão da vida real.
“Eu mudei, porque é que os outros não mudam também? Mereço um emprego com um salário 3 vezes maior. Mereço uma mulher mais compreensiva, mais jovem, etc.”
12. Troca de dependência
Com o vazio criado pelo tempo que habitualmente usava para jogar, ocupa esse tempo comendo descontroladamente, torna-se adito ao trabalho, sexo, televisão, etc.
13. Ingratidão
Não valoriza a abstinência, pelo que não há nada a agradecer. Olha negativamente para tudo o que o rodeia e para a sua própria vida, não valorizando o que tem de bom dia após dia. Esquece o desespero dos tempos de jogo.
14. Omnipotência
O “eu”, novamente colocado acima de tudo e todos. Não aceita ajuda, é autossuficiente. “Sou jogador mas não sou burro.” Tenho todas as respostas para mim e para os outros. Ignoro os feedbacks. Continuo a acreditar que posso parar sozinho, sem ajuda e sem mudanças.
15. Comunicação deficiente
Não expressa sentimentos. Não vai a reuniões, onde encontra companheiros que não julgam. Omite e reprime pensamentos de jogo. Autossabotagem é uma forma de obter mau estar em que voltar apostar acaba por ser um mal menor.
Se tiver mais do 4 ou 5 destes itens reformule o seu dia a dia de forma significativa.
1- Quanto mais se joga maior a probabilidade de ganhar um bom prémio.
2- Se me mantiver a apostar durante o tempo suficiente volto a recuperar o dinheiro perdido.
3- Conhecendo perfeitamente um jogo e as suas regras aumenta as probabilidades de ganhar.
4- Se conseguir manter registo dos resultados prévios enquanto vou jogando isso vai permitir-me antecipar resultados.
5- Sei muito sobre desporto e por isso é mais fácil criar um sistema de jogo que me permita ganhar.
6- Sei que carregando no botão da máquina no momento certo consigo que esta pare na combinação ganhadora.
7- A pessoa que jogou antes de mim fartou-se de lá deixar dinheiro por isso a máquina deve estar mesmo a dar um bom prémio.
8- Se me mantiver a jogar num determinado padrão/estratégia terei mais probabilidades de ganhar.
9- Se retirar o dinheiro após cada ganho aumento as probabilidades de ganhar mais a médio prazo.
10- Se continuar a “investir” sem desistir vou acabar por ganhar.
11- Algumas máquinas dão mais prémios que outras.
12- Dou-me melhor com algumas máquinas do que com outras.
13-A determinados momentos do dia há mais prémios do que noutros.
Os vídeo jogos possuem enormes atrativos e são muitos apelativos aos jovens adolescentes, aos jovens adultos e não só… Aqueles que têm uma predisposição para a adição podem ser surpreendidos por um comportamento compulsivo e obsessivo onde as prioridades comuns são facilmente trocadas. Neste tipo de jogos (World of Warcraft, Everquest, Call of duty ou o League of Legends, para citar apenas alguns exemplos mais conhecidos) o problema principal não é o dinheiro mas sim a troca prioridades que se faz sentir nos resultado académicos, na instabilidade de humor, nos conflitos familiares, na perda de interesse das atividades normais, o crescente isolamento e o próprio jogo/personagem assumir uma proporção excessiva na vida do jogador.
Pode instalar filtros de controlo parental (software) que impede o acesso a determinados que conteúdos que considere prejudiciais aos seus filhos:
https://www.netnanny.com/
http://www.cybersitter.com/index.htm
https://www.qustodio.com/pt/
Tenha em conta a colaboração e envolvimento dos pais com "amor firme" no tratamento da dependência de videojogos será fundamental.
Jogadores Anónimos Lisboa (91 944 99 17)
Jogadores Anónimos Porto (93 319 13 17)
Familiares de Jogadores Anónimos: (966 496 718)
Centro SOS voz amiga para depressão e risco suicídio (800 20 26 69)
Alcoólicos Anónimos (21 716 29 69)
Narcóticos Anónimos (800 20 20 13)
DECO: 218 410 858 ou 808 200 145 número azul (rede fixa)
APOIARE: 217 268 684 (Associação Portuguesa para Observação Investigação e Apoio na Reeducação em Matéria de Endividamento)